Quem sou eu

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Nasci em 1980 e desde menina leio os poemas de minha mãe, Asor Vacholz (ela dizia que eles ganhavam vida com minha voz). Foi na adolescência(aos 15 anos) que descobri a grandeza de escrever o que eu sentia, pensava, sonhava e imaginava em forma de poesias. Escrevendo eu superei a minha conturbada adolescência, a minha solidão e meus momentos de tristezas. Parei de escrever aos 20 anos por falta de tempo, dividida entre faculdade,trabalho e casamento. Hoje já bacharelada em Administração e pós graduada em Controladoria parei de estudar e achei um tempinho para voltar a escrever. Conheci a poeta Milena Medeiros que me incentivou a publicar as poesias. Foi através dela que comecei a blogar. Agora estou aqui, fascinada, descobrindo este novo mundo que se descortina para mim. Sejam todos bem vindos, e se tiverem oportunidade visitem meu blog de artes http://livaarts.blogspot.com/

Autora

Nasci em 1980, na cidade de Mauá aos três anos juntamento com meus pais fui morar em São José dos Quatro Marcos, estado de Mato Grosso. Foi lá que vivi as aventuras mais marcantes de minha infãncia, lembro da minha primeira amiguinha a Telminha.
Lembro que no quintal tinha muito mato e desses matos saiam cobras e lagartos. Acostumei-me tanto aqueles bichos que achava a cobra coral linda e a aranha caranguejeira, no mínimo curiosa.
Eu não tinha medo de quase nada, só dos assassinos que circulavam pelas ruas. Na época na cidade não existia polícia nem delegacia, mas pistoleiros haviam de montão. As histórias sobre uma nova execução sempre era proclamada de boca em boca pelos vizinhos.
A execução que mais me marcou foi quando um irmão matou o outro por ciúmes, deu-lhe várias facadas e jogou ele no matagal, o corpo só foi achado uma semana depois, pior que dias depois vi o tal assassino em frente minha casa, mamãe e papai trabalhavam fora, ficava em casa só eu e minha irmã mais velha que eu, ela tinha 6 anos e eu 4, corremos para dentro, trancamos as portas e ficamos lá, morrendo de medo.
Eu e a Telminha aprontávamos todas, tudo que mamãe dizia que não era para fazer a gente fazia, tudo que era perigoso a gente gostava. Acho que só estou viva porque tinha um anjinho muito atarefado que cuidava de mim.
Talvez pelos perigos ou por estar muito longe da família meus pais decidiram voltar para Mauá, cheguei em São Paulo aos 6 anos.
Nunca mais vi a Telminha vi, mas fiz novos amigos, e continuei aprontando todas, até hoje carrego algumas cicatrizes das minhas peraltices.
Minha irmã do meio agora tinha 8 anos a mais velha tinha 12 anos, era ela que tentava cuidar de mim. Fazia comida e me levava na escola.
Fato é que por ela ser também muito menina não via perigo nas coisas que a gente fazia. E era um tal de escalar morro, subir em lage, entrar nas tubulações(em construção) de esgoto da rua. As vizinhas me chamavam e pediam para eu não subir mais na lage porque era muito perigoso, eu fingia que não entendia e lá ia eu me aventurar.
Esse espírito aventureiro me acompanha até hoje, para desespero de minha mãe, já fiz rapel, já pulei amarrada por uma corda, já fiz rafiting, entrei em cachoiras onde a correnteza era forte e sei que tenho muitas outras emoções para ser vivida.
Encontrei nas poesias e contos uma maneira de extravasar toda essa minha inquietação. Aliás acho que só fico tranquila quando estou buscando inspiração para escrever.